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terça-feira, 1 de março de 2011

O que nos assusta afinal?


Caros,

Eis uma questão com a qual me deparo de quando em vez:
O que tememos?
Acordei hoje com este pensamento e súbito me veio essa poesia que decido dividir com vocês:





O medo.


A mim não aflige o medo do mal.

E não digo isso com a segurança dos bravos,
Mas com o pânico dos comuns.

Não me aflige o chifre do demônio,
Ou o soco do boxeador.
Saberei como agir diante destes,
Seja desviando ou absorvendo o golpe.

O que me aflige,
É o espinho secreto da rosa.

Soco do qual não consigo desviar,
E arranhão que merthiolate não cura.


Ângelo Pinheiro