
Caros,
Eis uma questão com a qual me deparo de quando em vez:
O que tememos?
Acordei hoje com este pensamento e súbito me veio essa poesia que decido dividir com vocês:
O medo.
A mim não aflige o medo do mal.
E não digo isso com a segurança dos bravos,
Mas com o pânico dos comuns.
Não me aflige o chifre do demônio,
Ou o soco do boxeador.
Saberei como agir diante destes,
Seja desviando ou absorvendo o golpe.
O que me aflige,
É o espinho secreto da rosa.
Soco do qual não consigo desviar,
E arranhão que merthiolate não cura.
Ângelo Pinheiro